O logotipo do rosto sorridente, conhecido como Smiley, é um dos ícones mais reconhecidos no mundo, mas sua história é surpreendentemente simples e cheia de ironias.
Em 1963, o designer gráfico Harvey Ross Ball foi contratado por uma companhia de seguros em Worcester, Massachusetts, para criar um símbolo que elevasse o moral de seus funcionários.
Em apenas 10 minutos, Ball desenhou um círculo amarelo com olhos ovais, um sorriso largo e covinhas. Seu pagamento pelo trabalho? Apenas $45 dólares, o equivalente a cerca de $375 nos dias atuais.
Ball jamais registrou o design como marca registrada, uma decisão que permitiu que o Smiley se tornasse domínio público e fosse amplamente copiado e adaptado.
Décadas depois, um jornalista francês chamado Franklin Loufrani viu o potencial comercial do ícone.
Em 1971, ele registrou o Smiley como marca em vários países, chamando-o de "Smiley" e criando uma empresa que monetizava o símbolo por meio de licenças para produtos variados, desde roupas até mercadorias de luxo.
Hoje, a empresa Smiley gera centenas de milhões de dólares por ano, colaborando com marcas globais como Zara e Fendi.
Embora Harvey Ross Ball nunca tenha lucrado diretamente com o sucesso mundial do Smiley, ele foi reconhecido como o criador original do design.
Mais tarde em sua vida, Ball criou a World Smile Foundation, uma organização sem fins lucrativos dedicada a causas beneficentes, perpetuando sua filosofia de espalhar alegria.
O contraste entre a simplicidade do design, o modesto pagamento de Ball e a fortuna gerada posteriormente pelo Smiley reflete uma lição sobre o valor inesperado que algo aparentemente trivial pode alcançar.
Essa história também ilustra como registro e visão comercial podem transformar ideias simples em impérios globais.
Por jornalista Márcio Batista
Foto: (br_ruy/Pixabay) Reprodução / Divulgação
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